Ilustração: CONTRAF-CUT
São Paulo, 22/05/22 – O movimento sindical repudia a omissão do banco espanhol Santander em mais um episódio de racismo na Espanha, no último domingo (21), sofrido pelo atacante Vinícius Júnior.
Durante a partida entre Real Madrid e Valencia, criminosos torcedores do Valencia fizeram um coro com a palavra “macaco” para se referir ao atleta brasileiro.
O banco, obtém 25% do seu lucro global na América Latina, destaca em suas campanhas publicitárias a promoção da diversidade e igualdade, mas na prática manterá o patrocínio ao campeonato espanhol até o final da temporada.
Sabemos que, quem silencia em casos de violência, compactua com ela. Para combater o racismo é preciso ser antirracista.
Por isso, reiteramos a importância de medidas efetivas para combater o crime de ódio, não basta uma mensagem com fins publicitários. E aguardamos as punições adequadas a pessoas e entidades que cometem crimes e silenciam frente à violência.
De acordo com o balanço global do banco, somente em 2022, o Santander gastou € 559 milhões em publicidade, equivalente a cerca de R$ 3 bilhões, aumento de 9,6% em relação ao ano de 2021.
O valor gasto em publicidade é significativo e requer responsabilidade na elegibilidade e critérios daquilo que vai financiar.
As polêmicas envolvendo o banco Santander são frequentes.
No ano passado, o Santander foi condenado, em segunda instância, a pagar R$ 15 mil de indenização por danos morais a um cliente em agência no bairro de Piedade, que prestou queixa por injúria racial, na cidade de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife.
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