Foto: Pipo Quint/Agecom/UFSC/Reprodução
O ministro da Justiça, Flavio Dino, assumiu hoje o compromisso de mandar investigar os envolvidos nas operações que levaram à perseguição, à prisão e ao suicídio do reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo, da Universidade Federal de Santa Catarina, em 2017.
Ficamos sabendo agora que o Tribunal de Contas da União arquivou as denúncias com acusação de corrupção que desencadearam a caçada a Cancellier.
“Com base na decisão do TCU sobre as alegações contra o saudoso reitor Luiz Carlos Cancellier, da UFSC, na próxima semana irei adotar as providências cabíveis em face de possíveis abusos e irregularidades na conduta de agentes públicos federais”.
Nunca provaram nada contra o reitor. Mas os perseguidores, em ação coordenada de Polícia Federal, Ministério Público e Judiciário, estão impunes.
Quando chegarem oficialmente aos perseguidores de Cancellier, chegarão também a boa parte das explicações para a transformação de Santa Catarina no maior antro da extrema direita no Brasil.
Quem quiser entender o que levou à caçada a Cancellier, precisa ler ‘Recurso final – A investigação da Polícia Federal que levou ao suicídio de um reitor em Santa Catarina’ (editora Objetiva), de Paulo Markun.
Erika trabalhou antes na Lava-Jato e depois de atuar em Santa Catarina foi chamada pelo então ministro Sergio Moro para chefiar o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional, no Ministério da Justiça.
Participei de duas entrevistas na DCM TV com Paulo Markun sobre a perseguição ao reitor. Markun não achou nada no inquérito que incrimine o professor e a universidade.
O jornalismo cúmplice ou acovardado pelo lavajatismo ajudou a fomentar a caçada que levou ao suicídio do reitor.