Ordenado pela Igreja Católica Brasileira (ICB) - uma dissidência que não segue o comando da Igreja Católica Apostólica Romana -, Edivaldo Ferreira incorpora todas as ideias da extrema-direita e faz das redes sociais uma espécie de altar para adoração de Bolsonaro, das armas, enquanto prega ódio contra Lula e posa praticando o chamado tiro esportivo e fazendo arminha.
Em meio aos ataques a Lula, o "padre armamentista" também responde de forma surreal aos seguidores inconformados: "eu pensei que fosse pecado matar".
Em resposta, destaca nos stories, o padre diz que "Jesus era pacífico, mas jamais foi pacifista", citando o trecho bíblico em que Jesus expulsa os vendilhões do templo. "Ao dizer que não devemos resistir ao perverso, mas dar a outra face àquele que nos golpear o rosto, Jesus não estava exigindo que ficássemos expostos a agressões criminosas ou que aceitássemos violência gratuita", emenda o padre, fazendo a própria intervenção para defender a política da violência e das armas.
Ao mesmo tempo, o padre busca criminalizar Lula e o PT a partir de uma visão da extrema-direita sobre o "comunismo", incitando uma política de ódio e violência contra aqueles que considera inimigo.
"Aí vem o Lula e diz que ele se orgulha de ser chamado de comunista ou socialista. É impressionante como Lula não faz mais nenhuma questão de disfarçar os absurdos que pensa, mas continuam fazendo malabarismo pra justificar. Comunismo é REPRESSÃO, CENSURA, PERSEGUIÇÃO, POBREZA, DITADURA. E é disso que Lula se orgulha de promover", escreveu em vídeo de Lula.
O padre ainda ataca o papa Francisco e ironizou o encontro do líder católico com o presidente brasileiro.
No final de julho, Ferreira se encontrou com Bolsonaro e parte do clã após dar uma palestra, de batina, sobre o tema "o cristão e a legítima defesa" na "Shot Fair", feira armamentista que aconteceu em Santa Catarina.
Ferreira posou com Eduardo, Renan e deputados que fazem parte da bancada da bala. Aproveitou o momento para fazer oração e idolatrar Jair Bolsonaro. "Momento abençoado", escreveu junto ao vídeo em que louva o ex-presidente.