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O relatório divulgado pela Polícia Federal (PF), que integrou as bases para a proibição do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, de manter comunicação com o ex-presidente e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, apresentou indícios de que militares da ativa teriam financiado atos antidemocráticos e uma tentativa de golpe de Estado após as eleições presidenciais de 2022.
Segundo o CNN Brasil, as descobertas são baseadas na “análise parcial dos dados armazenados no aparelho telefônico” de Mauro Cid e de sua esposa, Gabriela Santiago Cid, em que foram identificadas mensagens postadas em grupos e chats no WhatsApp. Nessas mensagens, interlocutores, incluindo militares da ativa, estariam incentivando a continuidade de manifestações antidemocráticas e a execução de um golpe de Estado após o pleito eleitoral de 2022, com suspeitas de financiamento de atos ilícitos.
A investigação da PF afirmou que as provas colhidas até o momento reforçam a possibilidade de participação dos investigados na tentativa de executar um golpe de Estado, seja por meio da instigação da população ou por meio de atos preparatórios e executórios. Em junho, a investigação informou que encontrou, no celular de Cid, um “passo a passo” para aplicar um golpe.
O relatório da investigação entendeu que, embora o golpe de Estado não tenha obtido sucesso, a atuação dos investigados pode ter contribuído para os atos criminosos que ocorreram em 8 de janeiro de 2023.
Além dos indícios relacionados à tentativa de golpe, a análise dos celulares revelou suspeitas de desvio de bens de alto valor patrimonial entregues por autoridades estrangeiras a Jair Bolsonaro e agentes públicos a seu serviço, seguido de ocultação da origem, localização e propriedade dos valores.