O massacre em Gaza já matou milhares de crianças -Mahmud Hams/ AFP
Depois de 11 mil e 300 civis palestinos assassinados, dentre os quais, 4.600 crianças, 3.100 mulheres e 678 idosos, quem defende a verdade, a paz e a justiça?
Vejamos:
Lula: "As soluções de Israel são tão graves quanto foram as do Hamas, porque eles estão matando inocentes sem nenhum critério (...) Salvar as mulheres e as crianças deve ser a a prioridade."
Confederação Israelita Brasileira (Conib) - "As declarações de Lula são equivocadas e perigosas (...) Israel vem fazendo esforços visíveis e comprovados para poupar civis palestinos."
Os fatos falam por si.
Como consta no seu portal na internet, a Conib apoia o movimento sionista.
O sionismo é um movimento que nasceu em 1894, quando Theodor Herzl, jornalista judeu austro-húngaro, lançou um livro defendendo um estado próprio para os judeus.
E, por suas visões históricas e religiosas, ele apontava a Palestina como o território ideal para a constituição desse estado autônomo.
Após a criação do estado de Israel, em 1948, o sionismo não custou a abraçar teses e valores supremacistas e racistas, próprios das ideologias de extrema-direita, que perduram até hoje e explicam o apartheid praticado contra o povo palestino.
Mas é essencial esclarecer que, embora os sionistas deem as cartas no governo do Israel, judeu não é sinônimo de sionista.
Muitos judeus têm convicções democráticas, humanistas e socialistas e, inclusive, se colocam como antissionistas e adeptos da causa de um estado palestino livre e soberano. Por óbvio, também não apoiam as atrocidades cometidas por Israel ao longo de décadas.
No entanto, a estratégia do sionismo é justamente rotular de antissemita todos os críticos de seus crimes contra a humanidade.
Então, para Lula, ser atacado por uma entidade assumidamente sionista equivale a um galardão, a mais uma entre as incontáveis medalhas que ele ostenta no peito.