Erro
  • Erro ao carregar arquivo XML
  • https://blogdobepe.com.br/templates/sj_tech/templateDetails.xml
  • XML: failed to load "https://blogdobepe.com.br/templates/sj_tech/templateDetails.xml": No such file or directory

Justiça indefere reintegração de posse, mas Zema mantém cerco policial

Mar 11, 2024

Por Rede Brasil Atual                                                                             

Terras estavam há pelo menos sete anos sem produzir nada - Foto: (Matheus Teixeira/MST)

Cerca de 500 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam a fazenda “Aroeiras,” no município de Lagoa Santa, Região Metropolitana de Belo Horizonte, na manhã da sexta-feira (8). A ação coordenada pelas mulheres Sem Terra, integra a Jornada Nacional de Lutas, que tem como o lema “Lutaremos! Por nossos corpos e territórios, nenhuma a menos!”.

A ocupação é motivada pelo não cumprimento da função social da terra, já que a propriedade estava abandonada pelos proprietários é improdutiva. O MST pede que a lei seja cumprida e que a área, seja destinada à Reforma Agraria. Maria Eni, da direção estadual do MST em Minas Gerais, explica que a ocupação tem um caráter reivindicativo, já que atualmente, existem mais de 5 mil famílias acampadas no estado à espera do assentamento definitivo.

No sábado, o  Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra denunciou o cerco ilegal da Polícia Militar de Minas Gerais, comandada pelo governo de Romeu Zema (Partido Novo), no segundo dia de ocupação da fazenda Aroeiras, município de Lagoa Santa. O MST argumenta que a ação policial não tem base, já que a Justiça negou pedido de reintegração de posse impetrado por parte dos herdeiros da fazenda. Veja abaixo a nota oficial do MST-MG.

A Defensora Pública de Minas Gerais, Ana Claudia da Silva Alexandre Storch, encaminhou ofício ao coronel Godinho, diretor de operações especiais da PM-MG para “requisitar o cancelamento da operação policial que foi mobilizada para as imediações da Fazenda Aroeira, bem como o envio de JUSTIFICATIVA PARA A PERMANÊNCIA DA POLÍCIA MILITAR até o momento no local, com relatório das atividades executadas, material e custo dispendido com a operação, incluindo o relato das ações que deixaram de ser executadas em prol da sociedade com a disponibilização do grande efetivo que lá está, indicando quantos servidores públicos foram mobilizados para a operação”.

NOTA DO MST-MG: CERCO DA POLÍCIA DE ZEMA CONTRA O ACAMPAMENTO SEM TERRA EM LAGOA SANTA É ILEGAL E DESUMANO

A manutenção do cerco policial nos arredores do acampamento da fazenda Aroeiras, ocupada por mulheres do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, é uma decisão política, ilegal e desumana do governador Romeu Zema (Novo).

Desumana sob o ponto de vista da negação de entrada de suprimentos, de equipe médica e de medicamentos fundamentais para garantir a integridade das mulheres, crianças e idosos que se encontram no acampamento.

Ilegal, pois na tarde desse sábado (9), a Justiça indeferiu pedido de reintegração de posse que havia sido impetrado por uma parte dos supostos herdeiros. Na decisão, a Justiça não reconheceu a posse e decidiu pela abertura de negociação. Mesmo assim, o bloqueio policial permaneceu no local, violando o direito das pessoas de entrarem e saírem da fazenda com liberdade, seja para buscar atendimento médico em postos de saúde ou realizar qualquer outra atividade externa. Esse é um direito que Zema e a Polícia Militar negam flagrantemente.

Portanto, trata-se de uma decisão política do governador Romeu Zema, de imposição da força, sem respaldo jurídico, que viola o direito dessas mais de 500 famílias sem terra.

Diante da decisão judicial e do seu descumprimento por parte da polícia de Zema, a Defensoria Pública do estado enviou ofício dirigido ao Coronel Godinho, Diretor de Operações Especiais da PMMG, questionando a “permanência injustificada da Polícia Militar nas imediações da Fazenda Aroeira, criando empecilhos, também injustificados ao direito de ir e vir dos acampados, cerca de 500 famílias”.

O órgão afirma ainda que ”a criminalização de movimentos sociais, apesar de ser uma prática ainda existente no país, contraria a ordem jurídica democrática vigente, por ser legítimo não só o direito de manifestação, mas, a defesa dos direitos fundamentais não efetivados”.

A Defensoria pede então “o cancelamento da operação policial que foi mobilizada para as imediações da Fazenda Aroeira, bem como o envio de JUSTIFICATIVA PARA A PERMANÊNCIA DA POLÍCIA MILITAR até o momento no local”. E que “sejam tomadas as providências cabíveis à cargo desta Diretoria de operações, para garantir a ordem democrática, primando pela garantia do exercício do direito de ir e vir dos cidadãos acampados na Fazenda Aroeira”.

Basta de cerco. Basta de violação de direitos. Basta de desgoverno Zema.

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST-MG)

 

Mídia

Deixe um comentário

Certifique-se de preencher os campos indicados com (*). Não é permitido código HTML.


Anti-spam: complete the task

Vídeos