O jornal O Globo, que atuou de forma decisiva no golpe de estado de 2016, contra a ex-presidente Dilma Rousseff, e na campanha para a prisão e a inabilitação eleitoral do hoje presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2018, reviu seus conceitos sobre a soberania do voto. Ao menos no caso do ex-juiz suspeito Sergio Moro, que conseguiu manter seu mandato de senador, após decisão do Tribunal Superior Eleitoral.
De acordo com editorial publicado nesta quinta-feira, a "absolvição de Moro respeita voto de quase 2 milhões" e o "placar unânime no TSE demonstra que a Corte não se deixa usar para fins políticos" – exatamente o oposto do que ocorreu quando Lula foi impedido de disputar as eleições de 2018.