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É hora de salvar a Avibras

Jul 19, 2024

Por Luis Nassif, no Jornal GGN   

Especialmente nas décadas de 1990 e 2000, produzi mais de 70 seminários sobre temas nacionais. Infelizmente, apenas os últimos foram devidamente filmados. Quatro deles era sobre Tecnologia Militar, tema riquíssimo. Na época da licitação FX, dos jatos da Aeronáutica, conseguimos juntar representantes da francesa Dassault, da sueca Gripen, dos russos. Só faltaram os representantes americanos.

Em um dos seminários um dos apresentadores foi João Verdi de Carvalho Leite, fundador da Avibras e que a transformou em uma das principais empresas de tecnologia de defesa do mundo. A empresa tinha desenvolvido o Sistema de Lançadores Múltiplos de Foguetes Astros, utilizados por diversas forças armadas no mundo.

Também desenvolver aplicações para a área civil, como um sistema que pulverizava notas, se o carro forte de algum banco fosse atacado.

Orgulhava-se de dizer que Avibras era uma empresa de engenheiros. Aliás, no ano passado houve uma pequena reforma em casa, e o empreiteiro tinha sido engenheiro da Avibras. Começou como boy. Mas Verdi fazia questão que todo funcionário se formasse engenheiro.

Verdi faleceu em 2003, em um acidente automobilístico. E ficou uma grande questão no ar. Para a defesa nacional, não bastam aviões: são necessários armamentos. E a maioria dos armamentos fabricados no Ocidente contém peças produzidas nos Estados Unidos. E há um rígido controle por parte do Departamento de Estado.

Por isso, quando começou a discussão sobre o FX, parecia claro que caberia à Avibras a produção de armamentos. Verdi morreu, foi substituído por um filho desastrado, que colocou a empresa em risco. Agora, surgem chineses e australianos dispostos a adquiri-los.

Uma saída seria a União adquirir através de dois movimentos:

Assume o controle da Avibras, zerando seu passivo.
Aporta a Avibras na Embraer, recebendo ações da empresa em contrapartida.
Sob controle de uma empresa conhecida por sua excelência de gestão, e integrando o sistema de caças, o país poderá ter um núcleo de aviação de caça para competir com os grandes fabricantes mundiais. Seria um salto para a Embraer, a salvação da Avibras, e a consolidação da indústria de defesa no país.

                                                              

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