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O BC precisa entrar urgente no mercado de câmbio

Ago 05, 2024

Por Luis Nassif, no Jornal GGN                                                                                                     

Por que houve calmaria no mercado, no período de férias de Roberto Campos Neto? Porque o Banco Central pode atuar livremente no mercado de câmbio e de derivativos. Bastou voltar para que, já na véspera, o mercado voltasse a se agitar, com o cartel da Faria Lima se movimentando livremente.

Agora, Campos Neto terá um grande reforço em sua política de desestabilização da economia: os mercados globais entraram em uma fase de explosão.

Ontem, o índice de referência do Japão despencou 13%, o pior dia em 37 anos, após a “Segunda-feira negra” em outubro de 1987. E os mercados globais entraram em compasso de espera, com a perspectiva de uma recessão dos Estados Unidos.

A integração absurda dos mercados, com o livre fluxo de dólares e as regras de movimentação das taxas de juros, criaram um mundo ocidental estagnado e em permanente volatilidade. Se os dados econômicos são bons, o reflexo é aumento dos juros atraindo os dólares para os Estados Unidos e apreciando as moedas dos países na zona de influência do dólar. Ao contrário, se a economia americana se enfraquece, há a perspectiva de redução dos juros, afetando os mercados.

Agora, além da economia americana, há a expectativa de ampliação de conflitos a partir de Israel, após o atentado cometido no Irã.

Na Europa, o Stoxx Europa 600 caiu 3%. Os contratos da Nasdaq (a bolsa de tecnologia norte-americana) registraram queda de 5% e o S&P 500, queda prevista de 2,9% na abertura.

O que leva a esse terremoto é que o Federal Reserve seja obrigado a recuperar o atraso, na queda dos juros, com uma série de cortes rápidos. Esses cortes provocam uma alta nas cotações dos títulos norte-americanos.

Entenda o movimento:

Os títulos são pré-fixados. Portanto, seu valor de resgate não muda.

Mas são rolados no mercado, respondendo à taxa referencial de juros do FED.

Quando as taxas caem, diminui a distância entre o preço pago pelo título e o valor de resgate. Ou seja, há um aumento no valor do título à vista.

Os movimentos nos diversos mercados são ativos que saem aguardando a ação do FED, para poder morder na valorização dos títulos norte-americanos.

À medida que os dólares saem de outras economias, provoca um aumento na taxa de câmbio desses países. Na segunda-feira, o ien subia 2,2% em relação ao dólar.

A busca de abrigo seguro levou a Berkshire Hathaway, de Warren Buffet, a reduzir pela metade sua posição na Apple, ao mesmo tempo que aumentava sua posição de caixa para R$ 277 bilhões, para a compra de títulos do Tesouro.

Ouvido pelo Financial Times, Seema Shah, estrategista-chefe global da Principal Asset Management, foi taxativo: “Não espero uma recuperação tão cedo, porque agora temos essa tempestade perfeita de carry trade japonesa sendo desfeita, fraqueza nas Big Techs dos EUA e tensões no Oriente Médio”.

Segundo o jornal, os futuros do índice Vix de turbulência – o chamado “medidor do medo” de Wall Street – subiram acima de 409 pontos, o maior nível desde os estágios iniciais da pandemia da Covid-19.

Nesta segunda, houve a suspensão de negociações no Japão, na Coréia. À medida que as cotações despencam, há um efeito imediato sobre os fundos hedge, com os investidores fechando posição e alavancando mais as perdas do mercado.

O índice Kospi, da Coreia do Sul, fechou em queda de 9,1%, enquanto o S&P/ASX australiano caiu 3,7% e o Sensex, da Índia, perdeu 2,9%.

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