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Para entender a ação dos EUA contra os Gripen

Out 11, 2024

Por Luis Nassif, no Jornal GGN                                           

 

 

 

No dia 22 de julho passado, no artigo “Como o Departamento de Estado dos EUA interrompeu os acordos de defesa Brasil-França”, de certa forma antecipamos os problemas que agora surgem, em relação aos Gripen adquirido pela FAB.

“Um dos pontos centrais da licitação, que inclusive pesava contra os F-15, era não depender de aviões que contivessem peças norte-americanas, dado o alto grau de controle exercido pelo Pentágono. Nesse contexto, o Rafale, da francesa Dassault, emergiu como favorito, especialmente após a visita de Lula a Nicolas Sarkozy, que selou a parceria.

Além de não ter nenhuma dependência de tecnologia norte-americana, a Dassault se comprometia a montar uma fábrica no Brasil que serviria para vender para toda a América Latina e Sul Global. O interesse da França estava na existência de uma inteligência tecnológica brasileira. O Rafard seria fabricado em São José dos Campos, através de uma spinoff, ou seja, da criação de uma nova empresa, condição imposta por Lula para assegurar a transferência de tecnologia.

Além disso, a compra do Rafale abriria caminho para uma parceria em satélites.

Com a cumplicidade da Lava Jato e da Operação Zelotes, a geopolítica americana conseguiu atrasar a construção do submarino, em uma conspiração que atingiu o presidente da França e a Odebrecht. No artigo “Xadrez do submarino nuclear e o novo pré-sal” mostramos a parceria Procuradoria Geral da República-Departamento de Estado norte-americano para inviabilizar o submarino, resultando no ato mais infame da Lava Jato: a prisão do Almirante Othon.

O procurador suíço Stefan Lenz, braço americano da Lava Jato, foi acionado para comprometer o presidente francês Nicolas Sarkozy e, com isso, chantagear a França para que a Alston vendesse sua turbina – peça central do acordo dos submarinos – para a General Eletric. A cumplicidade era tão grande que, quando foi afastado do Ministério Público suíço por abusos cometidos, Lens foi convidado pelo então PGR Rodrigo Janot para atuar como assessor no Brasil.

O grande responsável pelo desastre do Gripen foi o então Ministro da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro Juriti Saito, um americanófilo radical. E, depois, o Ministério Público Federal do Distrito Federal, que tentava reeditar, com suas operações, o mesmo esquema da Lava Jato com sua fundação.

Saito era tão apaixonadamente americanista, que recusou-se a entrar em um Rafale, para um vôo demonstração. Quem entrou foi um civil, o Ministro da Defesa Nelson Jobim.

Saito insistia no americano FX. Quando ocorreu a espionagem americana em Dilma, ela reagiu e se negou a adquirir o equipamento americano. Mesmo porque, os EUA ficariam com pleno controle, podendo anular os aviões em qualquer conflito que não fosse de seu interesse.

Sobraram na disputa um caça russo, o Rafale e o Gripen. Saito escolheu o Gripen, apesar dos alertas de que sua aviônica era americana, e poderia ser alvo de boicote sempre que alguma decisão contrariasse os Estados Unidos.

Agora vem o boicote. Tentam ressuscitar até a infame Operação Zelotes atribuindo a Lula a decisão de Saito.

É mais uma demonstração clara de que a subordinação das Forças Armadas brasileiras aos Estados Unidos fez com que abandonassem de vez seus compromissos com a segurança nacional. São Forças Armadas pequenas de um país que esqueceu de crescer

Como me lembra um analista do setor, os EUA definiram, com essa medida, que o Brasil não é mais um país aliado-subordinado.

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