Marcadas pela falta de diálogo com a população e a truculência policial, as privatizações realizadas pelo governo de São Paulo devem se estender para mais áreas da mesma forma arbitrária com que foi conduzido o desmonte da Sabesp e os recentes leilões na educação paulista
De acordo com a colunista do UOL, Raquel Landim, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) quer ampliar a meta de arrecadação com privatizações. Conforme colocado, ele pretende subir em R$100 bilhões a arrecadação, que passa de R$400 para R$500 bilhões até 2026, com cerca de 25 leilões.
Como lembrado pela reportagem, os próximos leilões serão da rodovia Nova Raposo, em 28 de novembro, e do Alto Tietê Trens Urbanos, em março do próximo ano.
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Dessa forma, a venda irrestrita do patrimônio paulista prossegue, como nas áreas da educação, água e saneamento, rodovias, energia, loterias e parque. Logo este interesse chegará também nas partes públicas da CPTM e Metrô, ao próprio centro administrativo do governo de São Paulo (com a pretensa mudança de sede do Palácio dos Bandeirantes para o centro), à Fundação Casa (que aplica medidas socioeducativas a menores que cometeram delitos), entre outros.
Como destacado pela coluna, ainda que seja uma das bandeiras de seu mandato, as privatizações trazem um risco político uma vez que a venda de bens públicos para a iniciativa privada não tem apoio da maioria. Conforme o Datafolha de abril, 45% da população brasileira (não a paulista) é contrária as privatizações e 38% apoiam.
Além disso, as privatizações estão chegando cada vez mais perto da rotina das pessoas, como nos casos da educação e saneamento. Logo efeitos mais concretos serão sentidos com a possibilidade de reivindicações contrárias.