Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Os consumidores brasileiros estão confiantes com a economia nacional. Prova disso são os resultados trazidos pela FGV IBRE (Fundação Getúlio Vargas-Instituto Brasileiro de Economia). Isto porque o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela instituição, cresceu 2,6 pontos em novembro, o que elevou o resultado para 95,6 pontos, sendo o melhor resultado desde abril de 2014, quando marcou 96,6 pontos.
O ICC faz parte da base de dados do FGV Confiança, “banco de dados de indicadores econômicos que tem a capacidade de antecipar as principais tendências de curto prazo da economia”. Sobre o indicador econômico, que mede a confiança dos consumidores com a situação financeira de suas famílias e da economia do país, são feitas avaliações em quatro faixas de renda.
Em todas as faixas pesquisadas ocorreram avanços:
- até R$ 2.100,00 (alta de 8,4 pontos): o índice foi de 93,4 pontos em outubro para 101,8 em novembro;
- entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00 (alta de 1,5 ponto): de 90,3 pontos para 91,8;
- entre R$ 4.800,01 e R$ 9.600,00 (alta de 1,8 ponto): de 92,1 para 93,9 pontos;
- e acima de R$ 9.600,01 (alta de 0,5 ponto): 96,3 para 96,8 pontos.
Conforme os resultados de novembro, considerando as médias móveis trimestrais, o ICC avança 0,8 ponto, indo a 94,1 pontos.
Em nota, a economista da FGV IBRE, Anna Carolina Gouveia, coloca que a confiança no mês retoma a trajetória ascendente que vinha desde junho, mas que foi parcialmente interrompida em outubro, quando caiu 0,7 ponto.
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Para a especialista, a melhora é explicada pela expectativa das famílias quanto aos próximos meses em todas as faixas de renda.
“No mês, o indicador que mais contribuiu com a alta foi o que mede o ímpeto de compras de duráveis, seguido pela melhora dos indicadores que retratam a situação financeira presente e futura dos consumidores. Esse resultado retrata uma melhora na percepção dos orçamentos familiares, que são impactados positivamente pela continuidade de bons sinais no mercado de trabalho e na atividade econômica em geral”, diz Gouveia.
Novembro
O Índice de Confiança do Consumidor de novembro registra alta na expectativa dos próximos meses. O Índice de Expectativas (IE) foi para 103,4 pontos, ao crescer 3,7 pontos. De acordo com o estudo este é o maior nível observado desde setembro de 2023 (103,9 pontos).
Já o Índice da Situação Atual (ISA) teve avanço mais tímido, de apenas 0,6 ponto, o que levou o índice para 84,3 pontos. Ainda assim o suficiente para marcar o maior nível desde dezembro de 2014 (86,8 pontos).
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Entre os quesitos, registra-se:
- Alta no ímpeto de compras de bens duráveis com avanço 8,8 pontos, para 96,8 pontos – maior nível desde julho de 2014 (96,8 pontos);
- Alta nas finanças futuras das famílias que avançou em 3,3 pontos, para 107,1 pontos – mesmo nível observado em julho deste ano (107,1 pontos);
- Alta nas finanças pessoais das famílias com avanço de 2,9 pontos, para 76,2 pontos – segundo crescimento seguido;
- Recuo na observação quanto à situação futura da economia de 1,2 ponto, levando o resultado para 106,1 pontos – terceira queda consecutiva;
- Recuso na percepção sobre a economia local de 1,6 ponto, para 92,8 pontos.
*Com informações FGV