Censura
De onde menos se espera é que não vem nada mesmo, já dizia o célebre Aparício Torelly, o Barão de Itararé. A fala do senador bolsonarista Ciro Nogueira, vazada de uma reunião com integrantes da Faria Lima e publicada pelo ICL, tramando para desestabilizar o governo Lula, foi solenemente ignorada pela imprensa comercial. O moralismo seletivo da mídia é mesmo uma doença incurável.
Racismo
O céu parece ser o limite para a conivência da Conmebol com os seguidos casos de crimes de racismo de torcedores de outros países em jogos envolvendo times brasileiros. A punição financeira dos clubes para os quais torcem esses racistas tem se revelado uma piada. Também as campanhas educativas, que não devem ser descartadas, vêm tendo pouca ou nenhuma eficácia. Só quando os times começarem a ser punidos esportivamente, ou seja, com perda de pontos, esse quadro pode começar a ser revertido.
Burrice
Sabemos todos que o bolsonarista é um sujeito de poucas luzes. Planejamento, discurso estruturado e estratégia soam como palavrão para o adepto do capitão fascista. Agora mesmo merece o troféu de asno do ano o autor da ideia de manter a obstrução parlamentar, na Câmara dos Deputados, na votação do projeto de lei que permite ao governo usar a reciprocidade em casos de taxação de seus produtos por outros países ou blocos econômicos. Com isso, o famigerado projeto de anistia andou várias casas para trás.
Guerra
Fico imaginando o que que deve passar pela cabeça dos capitalistas norte-americanos que mantêm negócios com outros países, diante da declaração de guerra econômica de Trump ao resto do mundo. É bastante provável que a maioria desse segmento conservador do eleitorado tenha apoiado o candidato republicano. Só não digo "bem feito" porque muita gente ao redor do planeta pagará essa conta. Mas, fica a dúvida: será que entenderam o perigo que a extrema-direita representa para a economia global?
Supersalários
Impressionam os salários recebidos pelos treinadores dos principais times de futebol brasileiro. E a imprensa esportiva naturalizou os valores astronômicos pagos por esse mercado. Salários de R$ 500 mil, R$ 1 milhão, R$ 1,5 milhão não espantam mais ninguém. Claro que na esfera privada os empregadores pagam o que acham justo. O fato é que nos últimos anos houve uma supervalorização dos técnicos de futebol. Mas, será que eles tem essa importância toda?