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Nem de Trump, nem de Bolsonaro, “o Pix é nosso”: entenda a transação como política de Estado

Jul 23, 2025

Por Patrícia Faermann, no GGN                                                                      

Foto: à esquerda, campanha do Governo Federal; à direita, transação Pix – Shutterstock

Atual mira de Donald Trump contra o Brasil, a resposta de Lula à tentativa de interferência do norte-americano ao Pix resumiu o signficado do sistema de pagamentos brasileiro: “O Pix é nosso, my friend”. Pese, ainda, que até há pouco tempo, Jair Bolsonaro apropriava-se de seu mérito e criação.

A contradição da polêmica reside no fato de que, se hoje Trump ataca e acredita ter poderes para acabar com a transação brasileira – o que não tem -, era o seu próprio afilhado político dos Trópicos quem exibia ter sido o criador do Pix – o que também não é verdadeiro.

Com razão, Lula diz que ele é “nosso”, do Brasil. Vamos ao histórico e fatos sobre o Pix para explicar por que Trump não tem poder de interferir e quem é o seu verdadeiro criador.

O inovador sistema de pagamentos instantâneos foi idealizado, desenvolvido e implementado pelo Banco Central do Brasil (BCB) como um projeto técnico, que começou antes mesmo do mandato de Jair Bolsonaro.

A concepção do Pix remonta a 2018, ainda no governo Michel Temer, e foi conduzida por uma equipe de servidores de carreira, sob a liderança do economista Carlos Eduardo Brandt, que ficou posteriormente conhecido como o “pai do Pix”.

Brandt, chefe da Gerência de Gestão e Operação do Pix no BCB, dedicou-se desde o início a estruturar uma ferramenta que tornasse transferências financeiras rápidas, seguras, baratas e universais. A meta era aumentar a inclusão financeira, reduzir custos bancários e estimular a competição no sistema financeiro nacional.

O servidor de carreira do Banco Central foi responsável por coordenar as etapas técnicas do projeto, articular a adesão de bancos e fintechs, e comunicar ao público os benefícios da novidade, que entrou oficialmente em operação em novembro de 2020.

Dissociada de política de mandatos, mas como uma ferramenta de política de Estado, o lançamento do Pix ocorreu durante o governo de Jair Bolsonaro, mas começou a ser criado durante o mandato de Michel Temer, e Carlos Eduardo Brandt, o “pai do Pix”, continua no Banco Central assumindo postos de consultoria, liderança e inovação relacionados a melhorias do Pix, durante o governo Lula.

Hoje, Brandt chefia a Gerência de Gestão e Operação do Pix e atua como consultor sênior do sistema, lidera projetos estratégicos como o Pix Automático, que permite pagamentos recorrentes (como contas e assinaturas), e o Pix Internacional, que permite transferências em tempo real entre países.

Em fóruns internacionais, o Banco Central apresenta o Pix como exemplo de infraestrutura digital pública, ferramenta inclusiva que transcende governos. Os dados mostram o impacto: bilhões de transações mensais e adesão maciça da população.

No governo Lula, a política pública que incluiu financeiramente milhões de brasileiros, barateou custos bancários e fomentou a competição continua em desenvolvimento de avanços que ultrapassarão fronteiras.

Por isso, Donald Trump iniciou uma investigação comercial contra o Brasil, acusando o país de práticas “desleais” por favorecer um sistema estatal que teria prejudicado empresas norte-americanas como Visa, Mastercard e Apple Pay.

Após Lula responder que “o Pix é nosso”, a tentativa de ataques de Trump repercutiu nas redes sociais, com mobilizações com as hashtags #DefendaOPix, #BrasilSoberano e #BolsoTrumpContraoPix, além do movimento “vampetaço”, com usuários inundando perfis ligados a Trump com memes defendendo a soberania do sistema.

O gesto de Trump foi ignorado pelo Brasil, mas também instituições internacionais já reconheceram o sistema brasileiro de transações. O FMI elogiou o Pix como “a mais bem-sucedida política de inclusão financeira da América Latina”, destacando que já responde por quase metade das transações eletrônicas no Brasil.

Para Brandt, a essência do Pix continua sendo o que guiou sua criação: um sistema universal, barato e seguro, planejado para funcionar como política de Estado.

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