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A tornozeleira e os fantasmas de Bolsonaro

Nov 23, 2025

Por Luis Nassif, no GGN                                                                                                    

Após décadas agindo nas sombras, Jair Bolsonaro enfrenta um novo tipo de vigilância: a tornozeleira eletrônica. O dispositivo, que deveria ser apenas um instrumento judicial, tornou-se símbolo de um medo profundo — o de finalmente estar sendo observado. Relatos indicam que o ex-presidente chegou a ouvir vozes vindas da tornozeleira, revelando um estado de paranoia que contrasta com sua trajetória marcada pela impunidade.

Do “Deus me vê” à sensação de controle

Nos tempos de Colégio Marista, uma imagem marcante dominava as salas: um olho vigilante acompanhado da frase “Deus me vê”. Era um lembrete constante de que nada escapava ao olhar divino — um mecanismo de controle moral que moldava comportamentos. Essa metáfora ajuda a entender o impacto psicológico da tornozeleira em Bolsonaro: para quem sempre se sentiu invisível, a ideia de monitoramento permanente é devastadora.

Uma vida nas sombras

Bolsonaro construiu sua carreira política e militar longe dos holofotes da legalidade. Dos porões da ditadura às ligações com milícias e o chamado Escritório do Crime, passando por mortes de aliados após rompimentos políticos, sua história foi marcada pela ausência de testemunhas. Como sintetizou o colunista Celso Rocha de Barros: “Bolsonaro, o maior criminoso da República”.

O perfil lombrosiano
Para compreender esse comportamento, vale lembrar Cesare Lombroso (1835–1909), médico italiano que tentou classificar os tipos de criminosos. Segundo sua teoria, traços como impulsividade, falta de empatia e inteligência astuta, porém limitada, são comuns entre delinquentes. Bolsonaro encaixa-se em várias dessas características:

- Impulsividade: incapacidade de prever consequências

- Falta de empatia: natureza “selvagem”

- Instinto agressivo: animalidade herdada

- Busca imediata de prazer: ausência de controle moral

- Inteligência astuta, mas limitada: “sagacidade do predador”- Indiferença à dor alheia: frieza inata

As risadas diante das vítimas da Covid-19 são um exemplo emblemático dessa indiferença, uma das cenas mais repulsivas da história recente.

Da impunidade à vigilância

Com a imposição da tornozeleira, Bolsonaro perdeu a sensação de invisibilidade. Agora, enfrenta não apenas a Justiça, mas também os fantasmas de um passado marcado por crimes que até Deus duvidaria. Para quem sempre agiu nas sombras, a luz da vigilância é insuportável.

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