Nesta semana, a Comissão de Investigação e Prevenção de Acidentes da Aeronáutica divulgou o seu relatório final sobre as causas da queda do jatinho, em agosto de 2014, que resultou na triste morte do presidenciável Eduardo Campos (PSB) e de mais seis integrantes da sua comitiva. Ela concluiu que o cansaço dos pilotos e as condições meteorológicas contribuíram para o acidente. "Não é finalidade nossa identificar a culpa ou a responsabilidade de quaisquer pessoas ou instituições. Nosso trabalho é voltado para prevenção", explicou o brigadeiro Dilton José Schuck, chefe do órgão.
A mídia privada, que adora fazer sensacionalismo com as tragédias, deu grande repercussão para o relatório. Ela só não fez uma pergunta básica: a quem pertencia o famoso jatinho? Até hoje os donos da aeronave não vieram a público; os recursos usados para sua compra ou locação também não foram explicados. O '"jatinho fantasma" segue gerando indagações em setores da sociedade.
Diante da divulgação do relatório, os familiares do ex-governador de Pernambuco questionaram o seu resultado. "O alegado cansaço e as falhas dos pilotos constituem culpa concorrente, precisando ser elucidada a possibilidade de erro de projeto", afirma a nota dos advogados da família. Mas ela não elucida a quem questionar. Quem é o dono do jatinho? A direção nacional do PSB, responsável legal pela aquisição da aeronave e pela prestação de contas junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), também não se posicionou.
Já a ex-verde Marina Silva, que voltou a ganhar os holofotes da mídia com as suas posições golpistas pelo impeachment de Dilma, também nada falou sobre o relatório final. Como substituta de Eduardo Campos na vaga de candidata do PSB, que tanto usou o "jatinho fantasma", ela deveria se pronunciar sobre o caso. Mas a tagarela preferiu o silêncio. Já a mídia sensacionalista, que adora escandalizar a corrupção na política, nada investigou sobre a procedência da aeronave. Estranho, muito estranho!