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Uma noite na Bolonha brasileira

Ago 01, 2016

Por Bepe Damasco                        

 

 

Não havia pagode nem funk nem forró. Astros da MPB também não foram convidados. Bebidinhas e comidinhas gratuitas, nem pensar. Tudo conforme o figurino exigido pela Justiça Eleitoral nesta fase de pré-campanha.

Então, o que mobiliza cerca de 20 mil pessoas para um evento no qual a única atração é a política? Quem esteve como eu na casa de shows Tubarão, no bairro de Inoan, em Maricá, na noite desta sexta-feira (29) saiu de lá com a sensação de que a atividade política pode ser nobre e edificante, desde priorize os que realmente precisam.

Caravanas de populares vindos de todos os bairros dessa cidade litorânea de cerca de 150 mil habitantes chegavam animados, entoando palavras de ordem dos candidatos a vereador da coligação Frente Popular de Maricá ou enaltecendo a gestão prefeito Washington Quaquá.

Embora a coligação seja ampla, reunindo diversos partidos, o espaço estava tingido de vermelho, tanto na decoração do palco e das paredes como nas camisas e bandeiras das pessoas. Quaquá, o deputado federal Fabiano Horta, candidato petista à prefeitura, e a deputada estadual Zeidan levaram quase 40 minutos no trajeto entre a porta da casa de espetáculos e o palco, tamanho era o assédio dos eleitores.

É simples entender o fenômeno da popularidade de Quaquá a poucos meses de concluir seu segundo mandato. É que sua gestão usa os recursos públicos exclusivamente para melhorar a vida do povo, dos que necessitam do governo, o que não é caso das classes média e alta. É comum ouvir do prefeito durante comícios a confissão de que, de fato, não governa para todos, mas sim para os pobres.

Maricá é a única cidade do Brasil com mais de 100 mil habitantes que instituiu a tarifa zero no transporte coletivo. Os ônibus da prefeitura, conhecidos como "vermelhinhos", cruzam a cidade dia e noite sem cobrar nada de ninguém.

Maricá amplia cada vez mais o alcance da moeda social mumbuca, impactando diretamente na melhoria das condições de vida da parcela mais vulnerável da população. O prefeito trouxe, em parceria com o governo federal, o programa Minha Casa, Minha para a cidade. Atingidos por um enchente terrível, os moradores dessas unidades contaram com a ajuda do governo municipal para comprar eletrodomésticos danificados pelo aguaceiro.

Centenas de quilômetros de ruas foram asfaltadas na cidade. Os serviços públicos funcionam e os servidores recebem em dia. Realidade bem diferente da situação caótica vivida pelo governo do estado do Rio de Janeiro e da penúria de vários municípios.

A prefeitura tem assumido até o financiamento de serviços do governo estadual, como a UPA. A inauguração do Hospital Municipal Doutor Ernesto Che Guevara, prevista para os próximos meses, alçará o município à condição de referência na região em termos de atendimento de saúde.

Essas realizações se refletem nas pesquisas de opinião que conferem ao prefeito altos índices de aprovação. Por não querer andar para trás, o eleitor de Maricá aponta Fabiano Horta como o grande favorito para vencer as eleições de outubro.

Maricá, que recentemente saboreou o sucesso da realização do Festival Internacional da Utopia, se firma como um polo importante de resistência da esquerda brasileira, a nossa Bolonha, município italiano no qual os comunistas vencem as eleições para a prefeitura desde o início do pós-guerra. Vida longa para essa simpática cidade vermelha.

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